O DIFICIL REINGRESSO AO PLANETA VIDA

Um dos momentos mais citados pelos astronautas, ao fim de suas expedições, é o reingresso ao plano terreno. Deixar o espaço sideral, sem gravidade, com visual incrível e com toda segurança de uma espaçonave, tem sido relatado pelos tripulantes ao retornarem das missões e confrontarem a realidade cotidiana.

Esta introdução é para dar parâmetro sobre o que os empresários estão passando neste momento posterior a pandemia.

Em países que ocorrem catástrofes e desastres naturais com certa freqüência, os habitantes lidam naturalmente com isolamento e retorno posterior as atividades.

No Brasil, muitos entenderam o isolamento como férias, e não como obrigação sanitária, o problema é que gostaram desta sensação e novidade.

As empresas agora estão com dificuldades de reintegrarem seus associados para as atividades, pois muitos dos empregados preferem seguir no sistema home office, mesmo que para isso, reduza o ganho monetário.

Em um país tropical como o Brasil, toda movimentação urbana fora construída e arquitetada para atender a demanda presencialmente. Os modelos de comercio e serviços se instalaram em shoppings, galerias, hipermercados, centros comerciais e ruas, e não foram projetados e nem calculados financeiramente para atendimento virtual.

O sistema de home Office se adaptou forçosamente para algumas atividades durante o período extremo da covid. Não há negacionismo de que algumas funções seguirão em home office ou hibrida, porem, a maioria deverá voltar aos seus postos presencialmente para seguirem a jornada que não fora constituída para tal modelo.  

No futuro, com certeza, conseguiremos refazer a transição do presencial para virtual, e para isso, necessitaremos de internet compatível, equipamentos de telefonia e tecnologia de ponta, e acima de tudo uma cultura profissional e pessoal.  Home Office não é ficar em casa, home Office é trabalhar em casa, com a mesma dedicação e periodicidade que o faria em um ambiente externo.

O reingresso aos postos de trabalho se tornou um grande dilema.

Nem tudo funciona por vídeo chamada, vejam a educação, que sempre foi deficiente presencialmente, e agora despencou no modelo virtual.

Muitos se justificam pelo medo da morte ou contaminação, mas tal receio cai por terra quando vemos os estádios lotados, festas repletas e as praias abarrotadas.

O brasileiro tem de aceitar que voltar a labuta é crucial e fundamental para a economia, todavia, não conseguimos há anos, com todo o empenho dispensado e investimentos a fazê-los usar preservativo e cinto de segurança. Que desafio! Boa sorte a todos! Rodermil Pizzo, Doutorando em Comunicação, Mestre em Hospitalidade e colunista DGABC, BandFMBrasil e Diário Mineiro

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